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Alimentando o apetite do setor de laticínios por análises de dietas com decisões orientadas por dados

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A gestão nutricional precisa, estoque e controle do desperdício está criando um ciclo de produção pecuária mais eficiente e econômico.

Quando questionado sobre a importância da tomada de decisões fundamentadas por dados para a nutrição de gado, Kienan Gridley não titubeou: “Só dá para gerenciar aquilo que se mede”.

Afinal de contas, misturar, pesar e distribuir ração pode representar mais da metade dos custos operacionais dos produtores.

 “Alimentar um rebanho não é barato”, afirma Gridley, nutricionista da Rapp Dairy Nutrition em Fabius, Nova York. “Todos têm grande interesse em tornar esse processo o mais econômico e eficiente possível com o uso de tecnologia.”

A capacidade de calcular com precisão a eficiência de matéria seca (DME), minimizar o desperdício e maximizar o estoque de alimentos ao dimensionar precisamente as rações e controlar os custos gerais com ferramentas analíticas criadas especificamente para o setor de pecuária mantém as partes envolvidas em sincronia.

Medidas de correção

Trabalhando com produtores de laticínios na região central do estado de Nova York, Gridley enxerga um crescente apetite por software de gestão de alimentação para reduzir o risco de erro humano, que pode causar prejuízos caros na cadeia de produção.

“Quando formulam rações, os nutricionistas definem a precisão em gramas”, afirma Gridley. “Mas, se as correções na umidade não forem feitas ou forem introduzidas na fazenda, isso pode resultar em um colapso na integridade das rações formuladas.”

Em outras palavras, se a ração for precisamente formulada, mas medições de umidade não forem feitas ou estiverem incorretas, o valor nutricional do alimento poderá perder vários pontos percentuais. Mesmo uma mudança de 1 a 2% no conteúdo de umidade da forragem pode influenciar a qualidade e na quantidade da produção de leite de uma vaca e, consequentemente, a rentabilidade da fazenda.

Uma solução encontrada por Gridley para ajudar os produtores a estar mais atentos à gestão de DME é o software TAP FEED da Topcon. A plataforma pode criar e fornecer relatórios compartilháveis sobre o consumo de matéria seca por cabeça, além de aprimorar a precisão ao operador e o uso de ingredientes.

“A automação facilita e incentiva os produtores a fazer as leituras de umidade e acompanhar as recusas com mais frequência”, afirma Gridley. “Além disso, o fardo sobre os nutricionistas é aliviado porque as análises permitem ajustes em tempo real.”

Ele acrescenta que se trata de uma ferramenta útil para modelar e dosar micronutrientes. O melhor ajuste de variáveis nutricionais assegura que as vacas consumam as rações necessárias para produzir leite de qualidade.

“O software tem demanda garantida, especialmente em laticínios com menos de mil vacas, que talvez não conseguissem justificar um investimento em tecnologia de acompanhamento de alimentação no passado”, afirma Gridley.

Para a Wagner Farms, que ordenha leite de 400 vacas três vezes ao dia, a adição recente do TAP FEED está produzindo colaboração entre o laticínio da família e seu nutricionista.

“Nós nos consideramos um rebanho de alta produção e com média aproximada de mais de 45 kg de leite por vaca”, afirma o produtor Keith Wagner, que administra a operação de Poestenkill, Nova York, com seu pai, Peter. “Parte do valor inicial que obtivemos com o software é a possibilidade de o nosso nutricionista monitorar os dados de alimentação com mais precisão”.

As análises também proporcionam mais insights econômicos para a Wagner Farms. A operação monitora as finanças com um painel de laticínios, que também agrega dados de laticínios de dimensões similares para análise comparativa.

“Nunca havíamos monitorado a relação entre a rentabilidade e o custo da alimentação”, afirma Wagner. “Temos os custos com alimentação concentrados calculados, mas não tínhamos essa mesma profundidade das nossas forragens. Agora isso mudou e podemos fazer uma análise mais aprofundada para entender como nos comparamos com outras operações.”

“A automação facilita e incentiva os produtores a fazer as leituras de umidade e monitorar recusas com mais frequência.”

Kienan Gridley, nutricionista da Rapp Dairy Nutrition

“As vacas adoram ter uma rotina”

A capacidade de fazer revisões rápidas em uma mistura de alimentos ajuda a preservar o valor nutricional do gado e reter ROI para os produtores. No entanto, a ferramenta de gestão de alimentação também favorece uma abordagem proativa em detrimento da reatividade para assegurar a precisão e a consistência das rações.

“Estamos acostumados a consertar defeitos nesse setor,” afirma Nathan Meeuwse, cofundador da Cornerstone Ag Management, sediada em Michigan. “Mas a tecnologia de gestão de alimentação nos permite adotar uma estratégia preventiva”.

Com mais de uma década de experiência como nutricionista, Meeuwse está familiarizado com uma velha máxima do setor que destaca as ineficiências no processo tradicional de planejamento de rações. Embora os nutricionistas formulem uma dieta específica para o gado, ela pode variar na quantidade de alimentos para as vacas e naquilo que realmente comem.

“Em vez de uma dieta, na verdade há três”.

Idealmente, a ração misturada total (TMR) deve reter o equilíbrio recomendado de nutrientes, quantidade e peso, desde a formulação até a alimentação. Contudo, esse nem sempre é o caso.

“Os nutricionistas equilibram as dietas até o terceiro ponto decimal, e as misturas de alimentos são coletadas com um carregador dianteiro”, explica Meeuwse. “Então, tradicionalmente há uma possibilidade de perder a precisão dessas rações.”

E, há anos, os nutricionistas formulam rações de forma manual e depois as enviam aos produtores, sem garantia de correspondência entre as recomendações escritas à mão e a dieta consumida pelas vacas.

Em 2012, Meeuwse adotou o TMR Tracker da Topcon, que ajudou a preservar digitalmente a precisão das formulações de alimentos. Ele insere os ingredientes dos alimentos, as informações do misturador e as rações, e o sistema acompanha com precisão as variações durante o carregamento e a alimentação.

“As vacas adoram ter uma rotina. Conseguimos minimizar significativamente essa margem de erro, e todos têm mais confiança de que as vacas estão seguindo a dieta recomendada”, afirma Meeuwse. “Elas recebem uma dieta mais consistente e balanceada, todos os dias.”

Após seis meses com a experiência usando o TAP FEED, Wagner afirma que a operação está obtendo mais dados mais consistentes no acompanhamento das forragens, desde o depósito de alimentos, ao caminhão, até os bezerros.

“Nosso nutricionista tem uma ideia muito melhor da ração que chega aos animais e pode ajustar o conteúdo de acordo”, ele afirma. “Para nós, a alimentação é um dos trabalhos mais importantes. Queremos saber o conteúdo exato entregue às vacas e ter visibilidade do encolhimento.”

“Estamos acostumados a trabalhar correndo atrás do prejuízo. Mas a tecnologia de gestão de alimentação nos permite adotar uma estratégia preventiva”.

Nathan Meeuwse, cofundador da Cornerstone Ag Management, sediada em Michigan

Gerenciamento do encolhimento do estoque

Um recurso subutilizado do software de gestão de alimentação, segundo Meeuwse, é a capacidade de pesar os ingredientes iniciais que podem expandir o estoque de ração e considerar o encolhimento na fazenda.

"Ambos se tornarão temas importantes porque a redução da perda permitirá aos produtores transportar mais ração no final do ano”, diz ele. “O número típico que ninguém quer reconhecer é um encolhimento de 10 a 15% nos produtos nas baias abertas, que, no longo prazo, resulta em prejuízo diretamente no bolso do produtor”.

Em outras palavras, para cada US$ 100 gasto em alimentação, pelo menos US$ 10 pode ser perdido para o encolhimento. Meeuwse conta com o TMR Tracker para ajudar os produtores a gastarem menos com o estoque, pesando os ingredientes iniciais e acompanhando o encolhimento semanal e anualmente.

Se um produtor gastar US$ 100.000 em alimentação em um ano, Meeuwse afirma que isso pode representar cerca de US$ 10.000 em encolhimento. E, se uma fazenda calcular uma taxa de uso de alimentação de 15 toneladas por dia com 150 toneladas de estoque, ela saberá que existe uma janela de 10 dias para avaliar futura necessidade e custo.

“Podemos planejar o carregamento a cada três ou sete dias e avisar com antecedência suficiente aos transportadores de mercadorias para que não haja atraso”, afirma. “Conforme observamos os custos com alimentação aumentar e a diminuição nas forragens disponíveis, espero ver mais adoção de tecnologia de alimentação para gestão de estoque.

“Como setor, investimos no conforto e na reprodução das vacas porque isso tem impacto no resultado financeiro. O mesmo ocorre com a nutrição do gado.”